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Rio Claro, SP, Brazil
TEREZA CRISTINA BATTISTON,brasileira, psicóloga graduada pela Puc de Campinas em 1974, CRP-06/2050. Gosto de música e poesia, amo Saude Mental. Este sentir é o que apresento aos que procuram encontrar-se emocional, afetiva e psicológicamente. Sou psicoterapeuta de adolescentes e familiares, adultos e casais.

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30/12/2010

LEMBRANDO NATAIS


Nessa época do ano não existe muita coisa para se fazer: ou aderir ao consumismo desenfreado e um pouco insano, ou decidir repensar o sentido dos Feriados de Natal e Ano Novo.Para as crianças continua sendo mais ou menos o que sempre foi, tempo de ganhar brinquedos. E haja superação tecnologica, nos brinquedos !!! O game que reproduz na tela os movimentos feitos em frente à TV é algo mágico.

Para aqueles adultos que pela faixa etária já não encaram o Natal com espírito só consumista existem duas linhas de pensamento: uma de reflexão sobre o que de fato é o Natal, mas isso parece meio fora de moda, então vamos passar para a outra linha: lembrança.Pegando carona no " cheiro de Natal" deixado pelo pinheiro natural, cheio de bolas coloridas que se caíssem quebravam sim !,as pessoas se lembram de como a sala ficava mais cheia de gente. Muitos já se foram. As pessoas se lembram de como era mais simples, fazer uma ceia de Natal: onde está a simplicidade de matar leitoa e peru no quintal de casa e limpar tudo aquilo para depois seguir o ritual da preparação? Era tempo das Cestas de Natal Amaral, que chegavam em muitas casas sendo abertas com a curiosidade de toda a família, revirando os montinhos de palha para ver o que mas havia.Isso complementava o Natal. E as músicas ! Os pesados discos de 78 rotações, meio riscados mas tocando como em todos os anos, " como é que Papai Noel, não se esquece de ninguém..."

Sempre que o pensamento voa para Natais, que ja foram muitos, vem a interrogação sobre o que deixa as pessoas tão emocionadas em determinados momentos. Será a beleza dos toques dos sinos, ou será que em alguns momentos a reflexão sobre quem veio sob forma humana para salvar a humanidade, fala mais alto, e deixa o coração mais ameno? Será que é por pensar nesse Jesus que muitos choram?Ou chora-se por pessoas que foram importantes e queridas, mas já partiram para o "andar de cima" ? Chora-se a ausência e o abraço no vazio por muito real que seja a lembrança de quem se foi, em cada mente; chora-se também por palavras que nunca mais serão ditas, porque hoje seriam ridicularizadas. O tempo passou e levou junto várias coisas: poesia, romance, respeito, leveza de viver.Levou junto o beijo que nunca mais será dado, trouxe a correria porque todo mundo vai à casa dos avós, para fazer presença: depois tem outros compromissos. E quando os avós ficam sós novamente, podem voltar às suas lembranças que povoam vidas e Natais.

Que pena, mas parece que o tempo correu tanto que levou a suavidade dos olhares... onde está o tempo de parar para fixar-se nos olhos de quem já viveu muito, e tem esse olhar meio apagado... onde ficou o tempo de abraçar a dona ou dono do olhar apagado para transmitir amor, energia, carinho, enfim, tudo que deveria significar espírito de Natal?Quando se falava Feliz Natal, de algum modo parecia mais autêntico.Feliz Ano Novo podia ser uma festa, mas era mais autêntico também. Agora, parece que restou para muitos, lembrar do espírito do Natal de tempos atrás. Hoje até para Natal, o tempo ficou escasso, o carinho pouco, o amor mísero, e o ter continua sendo cada vez mais importante do que ser. Será por essa consciência que aparece numa fração de segundo, que os mais jovens atropelam tudo, até o próprio tempo?É uma pena.

Para quem puder ler com calma e refletir no que fez, um balanço saudável de vida, um bom ano novo. Para todos nós, com as bençãos de Deus, do Universo, não importa o nome: cada um nomeie de acordo com sua Fé. Que venha 2011 ...

                                                      Tereza Cristina Battiston, em 30/12/2010


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