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Boas Vindas !

Se procurar bem você acaba achando
Não a explicação (duvidosa) da vida.
Mas a poesia (inexplicável) da vida.


Carlos Drummond de Andrade.



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Rio Claro, SP, Brazil
TEREZA CRISTINA BATTISTON,brasileira, psicóloga graduada pela Puc de Campinas em 1974, CRP-06/2050. Gosto de música e poesia, amo Saude Mental. Este sentir é o que apresento aos que procuram encontrar-se emocional, afetiva e psicológicamente. Sou psicoterapeuta de adolescentes e familiares, adultos e casais.

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21/10/2010

Carga Desnecessária.

              

            Sua casa é organizada? Você sabe na maioria das vezes, onde estão documentos e objetos dos quais precisa, inesperadamente? Você costuma de tempos em tempos esvaziar gavetas e armários, dispensando tudo de que não vai mais precisar?  Mas casa arrumada não é, necessáriamente uma casa organizada. Uma gaveta fechada pode guardar o inimaginável, mas o móvel inteiro dá impressão de tudo em ordem. E isso, creio que todos nós sabemos ser  verdade.
            Pois bem, acumular coisas não faz bem. Os primeiros a falar muito sobre o assunto, enfocando o lado energético, são aqueles que trabalham com Feng Shui ( pronuncia-se Fon Suê, certo?). Para eles ambientes lotados, empoeirados, não permitem que as energias boas circulem.
            E para os psicólogos o acúmulo de objetos também tem significados.Nos casos mais extremos, são indicativos da necessidade de psicoterapia encarada com particular seriedade, e acompanhamento psiquiátrico.
            Prestem atenção, vocês conhecem pessoas que sempre jogam fora o gasto e velho . E com isso exercitam a arte de jogar lixo no lugar dele: cesto de lixo.Mas outras, são quase incapazes de se desfazer, por exemplo, de um retrós de linha no final, já sujo de poeira e que não servirá para costurar nada.Algo impede o gesto natural de jogar lixo no cesto de lixo.O mesmo acontece com embalagens de biscoitos; guardam, porque acham que podem precisar para alguma coisa ;  um dia, não se sabe quando.Para que também não.  A dificuldade dessas pessoas  coloca à mostra, uma couraça que usam e fortalecem diáriamente, com objetos inúteis; para elas muito preciosos. A simples idéia de ficar sem êles, traz um sofrimento intenso.
            A carga desnecessária que uma pessoa carrega, não permitindo que o excesso se escoe, é muito prejudicial emocionalmente . O que o emocional está dizendo a uma pessoa que não deixa que suas coisas sejam renovadas? Por que manter o velho e usado, sem abrir espaço para novidades? Quais os medos que obrigam essas atitudes, de construir muralhas de autênticas velharias ao redor de si ?Ela passou necessidades quando criança, ou teve outros problemas traumáticos?  Estou falando do que chegou à vida de alguém, cumpriu seu papel e agora não tem mais objetivo. Livros. Êles, quando lidos cumpriram seu papel. Se foram comprados há muito tempo e não lidos, pouco provável que ainda o sejam.Então, o mais sensato é juntá-los e permitir que cumpram com outras pessoas, o papel de espalhar cultura.Caso haja resistência fora do racional, o que pode motivar essa conduta? Difícil que a pessoa tenha clareza de quais são os sentimentos que direcionam esse " não deixar partir" .Parece que os objetos agasalham a pessoa, que ela os recolhe para perto de si, formando uma barreira......contra o que?
            Que tal pensar um pouquinho só, a respeito de tudo isso? As revistas ( não só as femininas) trazem sempre matérias, frisando a necessidade de manter ordem à nossa volta. Quando uma pessoa se dispõe a organizar gavetas, ela vai organizando seu interior. Sua auto-estima vai se fortalecendo.Parece estranho que uma " faxina" tenha reflexos internos? Experimentem com seriedade.

                                                                         Tereza Cristina Battiston
                                                                          21/10/2010 (1967)